Brasileiros fecham Copa del Rey com vitória e sexto geral na ORC 3

A 40ª edição da Copa del Rey MAPFRE terminou neste sábado (6), em Palma de Maiorca, na Espanha. A maior semana de vela da Europa reuniu mais de 110 veleiros de vários países. 

Classes como ORC, Club Swan e J70 disputaram o tradicional evento, que sempre conta com a presença do Rei da Espanha, hoje na figura de Felipe VI, timoneiro do TP52 Aifos500 da Marinha Espanhola na BMW ORC 1.

Foram seis dias de regatas nas ilhas baleares e os campeões de 2022 são os seguintes: Teatro Soho Caixabank (ESP) na BMW ORC 2, Balearia (ESP) na Mallorca Sotheby’s Women’s Cup, Nadir (ESP) na ClubSwan 42, Hatari (ALE) na ClubSwan 50, G Spot (ITA) na ClubSwan 36 e Red Bandit na BMW ORC 1.

O Brasil teve uma tripulação dividida com o Lady, do uruguaio Nicolaz González. A bordo do Dufour 40 na classe ORC 3 estavam Luciano Secchin, Jorge Zarif, Eduardo Hamond, Alfredo Rovere, Gabriel Borges e Juninho de Jesus.

A equipe ficou na sexta colocação da categoria, vencida pelos italianos da Scugniza. O time ficou apenas 3 pontos do medalhista de bronze, o espanhol Varicentro. A equipe Lady | +Bravíssimo venceu a última regata do campeonato.

”Velejar ao lado de amigos sempre é um prazer enorme. Não tínhamos um bom barco para navegar de vento fraco, que foi a condição de quase todos os dias de evento, mas fomos evoluindo como equipe e tentando tirar o máximo do barco e de cada função”, explicou Juninho de Jesus. ”Evoluímos no decorrer dos dias, fomos conhecendo mais o barco e se ajustando como equipe”.

”Nosso comandante Luciano Secchin foi nota 10. Trabalhou forte junto com a equipe para seguir melhorando e no final foi premiado com essa vitória”, completou Juninho de Jesus.

Após o evento em Palma de Maiorca, Alfredo Rovere, Gabriel Borges e Juninho de Jesus se juntaram ao SSL Team Brazil nas regatas-treino da SSL Gold Cup, em Grandson, na Suíça.

Mais sucesso pela frente

Como gerente do Real Club Náutico de Palma, o espanhol Jaime Carbonell reforça o esforço ‘titânico’ envolvido na organização da Copa del Rey MAPFRE.

Sua experiência no evento remonta a 1985, quando estreou na 14ª edição pelas mãos de Jaime Enseñat.

Perguntado sobre o que espera da Copa del Rey MAPFRE nos próximos dez anos, Jaime Carbonell foi claro: ”Eu a vejo lá no topo. Somos uma prova de competição, com velejadores de nível, mas também pensamos nos amadores. Somos uma regata para todos. Devemos ser hábeis o suficiente para combinar os dois extremos”.

”A regata é também para as equipes que vêm com as suas famílias, têm espaço, têm a sua fórmula, têm o seu momento. Porque não? A riqueza desta regata é que há espaço para todos nela”.

Link para resultados

Foto: Maria Muina