Domingo de IMOCA60 em Salvador (BA)

A regata Transat Jacques Vabre Normandie Le Havre 2019 para a classe IMOCA 60 teve um dos resultados mais equilibrados de sua história com os primeiros chegando com menos de 24 horas entre eles. 

Com 29 barcos na disputa entre Le Havre, na França, e Salvador, no Brasil, a categoria se consolidou no hall das principais classes da vela oceânica mundial.

A competição trouxe às águas da Baía de Todos-os-Santos os modernos veleiros da IMOCA, incluindo os cinco novos modelos equipados com hidrofólios que fazem as embarcações ganharem mais velocidade.

Os modelos da antiga geração, como o 11th Hour Racing não fizeram feio nesta que é chamada a maior regata em duplas do planeta.

Os veleiros têm obrigatoriamente 60 pés e os projetistas podem fazer pequenos ajustes, como o já citado hidrofólio.

Equipes montam estruturas e orçamentos milionários para fazer uma campanha na categoria.

Grandes nomes da vela mundial estão inscritos na IMOCA e a Transat Jacques Vabre, travessia realizada de dois em dois anos, é um teste e tanto para os barcos. 

”É fantástico ver tantos barcos chegando no mesmo dia num dos destinos tão especiaIs da vela como Salvador (BA)”, disse Antoine Mermond, presidente da IMOCA.

”É uma classe bastante segura, prova disso são as poucas quebras até agora!  Está pronta para os principais desafios da vela oceânica. O Brasil deve estar orgulhoso de receber regatas com a IMOCA e quem sabe teremos velejadores locais competindo na categoria”.

Além da Transat Jacques Vabre, a IMOCA está presente em outros dois eventos de ponta da modalidade, como Ocean Race e Vendée Globe, mostrando sua força. O campeão desta temporada foi o moderno Apivia, seguido por PRB e Charal.

Ao todo, sete barcos de 60 pés cruzaram a linha só no domingo (10). Os IMOCAs estão expostos nos píeres do Terminal Turístico da Bahia, atrás do Mercado Modelo.

”O recorde da classe IMOCA mostra que é um tamanho ideal de barco de travessias oceânicas. É um tipo de veleiro que agrega muito na vela internacional e sua tecnologia, colocando os hidrofólios nessa geração de veleiros oceânicos, que está influenciando a regata de volta ao mundo”, reforçou o medalhista olímpico Lars Grael.

”Isso é a Formula 1 de vela de oceano. Grandes barcos, como Hugo Boss, participaram dessa regata. Os números de inscritos mostram a força internacional, coisa que ainda falta no Brasil”.

O comitê organizador se preparou para receber todos os 59 barcos na regata, independente da classe. Os primeiros a completar a regata foram os Multi50, com a vitória do Groupe GCA Mille et un Sourires.

A Class40 está na disputa com 22 barcos ainda enfrentando as difíceis condições dos Doldrums.