Depois de perder mastro, Felcidue realoca equipe

Tripulação feminina proporcionou uma aula de yoga nesta sexta-feira (19), após os momentos tensos das últimas regatas

Depois do desafio imposto pelo mar bravo nas últimas regatas, a 46ª Semana Internacional de Vela de Ilhabela começou com um momento zen, nesta sexta-feira (19). As tripulantes do Felci Due, da classe ORC, superaram o incidente com o barco, que perdeu o mastro devido aos ventos fortes de até 22 nós, e proporcionaram uma aula de yoga especial para as mulheres no Yacht Club de Ilhabela, às 9 horas. E já se preparam para voltar à competição reforçando outras tripulações.

O objetivo era deixar as mulheres preparadas para as provas desta sexta, mas a aula de yoga acabou funcionando como uma sessão de relaxamento e reflexão. “Queríamos unir nossas forças e dar um aquece para toda a mulherada. Mas, com a avaria no nosso barco, não pudemos velejar. Então foi um momento de pensar sobre o que aconteceu, e agora estamos prontas para o dia de hoje”, contou a comandante Georgia Rodrigues.

O Felci Due foi um dos vários barcos afetados pelas condições severas do tempo de quinta-feira (18). Após a primeira regata, o veleiro perdeu o mastro e teve de abandonar a disputa.

“O mastro quebrou num momento de contravento. Foi um susto grande pra tripulação, mas graças a Deus ninguém se machucou. Como comandante, com tanta gente a bordo, foi uma experiência nova para mim. A primeira coisa em que pensei foi que estavam todos bem e em como íamos contornar a situação”, explicou Georgia.”Agora o que resta é curtir o campeonato sem velejar, dando apoio para quem está competindo.”

Longe de jogar a toalha, as tripulantes do FelciDue já se mobilizam para seguir na competição, integrando outras equipes. A própria Georgia disputará o último dia de regatas a bordo de um C-30. “É um outro modelo de barco, então terei a oportunidade de competir em classes diferentes,” disse a comandante.

Georgia já prepara também a participação de toda a equipe na próxima edição da Semana Internacional de Vela de Ilhabela, em 2020. “Ainda não tenho um barco, mas vou começar a procurar hoje mesmo. Minha experiência como comandante, aqui, foi muito boa, e pretendo continuar com um grupo de mulheres, empoderando as mulheres, mostrando que a gente pode sim”, afirmou.